A força da história está em sua afetação. As linhas que compõem o emaranhado processual construíram uma incrível máquina de guerra capaz de colocar em movimento qualquer formação cristalizada.
O terreno que abrigava e constituía os caminhos sedentários desses núcleos não aguentaram os avanços das hordas nômades, que multiplicaram os caminhos e os entrelaçaram com os antigos, feitos pelos sedentários, assim como eram feitos nos grupos nômades de cangaceiros, eles também apagam os rastros deixados, para não serem capturados.
Nesse solo fertilizado pelos nômades, mas propriedade dos sendentârios, os tributos que são cobrados servem para alimentar e multiplicar os territórios, tanto quer hoje não existe algo que esteja fora do domínio dos sedentários, no entanto, todo esse espaço serve para cavalgar eliminando tudo aquilo que diminui a nossa potência de agir.
Essa vontade de agir máquinada com a velocidade do galope produz o desejo de ocupar todo o território, sem que precise construir núcleos de povoamento, como os sedentários, assim esse sonho tornou-se possível e eficaz, uma vez que o real é uma presença ausente, e nômades sabem muito bem utilizar a ausência.
Portanto, a força da história nômade está em sua afetação, ou seja, como ela nos foge e ao mesmo tempo abre caminho para criarmos valores de vida, como liberta e nos potencializa sem deixar domesticar, isso tudo para podermos dar vazão a essa máquina de guerra capaz de criar o presente passado e futuro, no instante do momento, como em uma seta de duas pontas onde o tempo não para de afetar.
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Depois a larva nômade foi se servir num restaurante a 24,90 o quilo. Tinha arroz, feijão, tomate, alface e uma linguicinha, que ninguém é de ferro, só pra contrastar o prato como a larva faz com “presença ausente” e outras coisas que a faz parecer altamente criativa e cultivada.
Ops, desculpe. A larva, faminta e inculta, foi caçar.
É verdade.